domingo, 17 de fevereiro de 2019

PLANO DE ENSINO

FACULDADE PITÁGORAS - CURSO DE FARMÁCIA

DISCIPLINA FARMACOGNOSIA 

Carga horária: 80 horas

OBJETIVOS

O objetivo dessa disciplina é desenvolver no acadêmico competências gerais ou de fundamento de área, de acordo com as unidades de ensino e conteúdos estudados, com foco nas habilidades necessárias para a atuação profissional. Além disso, com o uso do Ambiente Virtual de Aprendizagem, o acadêmico é inserido no contexto das ferramentas tecnológicas e de autonomia na aprendizagem.

COMPETÊNCIAS A SER DESENVOLVIDAS

Conhecer as principais características anatômicas e fisiológicas das plantas para obtenção de ativos com propriedades farmacológicas possibilitando a atuação farmacêutica no desenvolvimento de fármacos e produtos de origem vegetal.
- Elaborar um manual com os principais passos que devem ser seguidos para identificação e avaliação de princípios ativos vegetais
Conhecer as principais classes de drogas vegetais e seus derivados sob o ponto de vista farmacobotânico, químico e farmacológico para fornecer o conhecimento necessário na atuação farmacêutica em todos os processos desde a obtenção à seleção de ativos de produtos farmacêuticos.
- Desenvolver um manual que aponte os principais métodos utilizados para obtenção de óleos essenciais, destacando os fundamentodos das metodologias. Exemplifique demonstrando a utilização de um método para extração de óleos essenciais de flores de uso terapêutico.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


INTRODUÇÃO À FARMACOGNOSIA

- A importancia do estudo etnofarmacológico de plantas em comunidades tradicionais ou populares
- Abordagem Randômica, Quimiotaxonômica e Etnofarmacológica
- Conceitos de droga, fármaco, medicamento, insumo, matéria-prima, princípio ativo e excipiente no olhar da Farmacognosia
- Farmacognosia conceito gerais e abordagem Histórica
- Fontes Naturais de Fármacos
- Cultivo e armazenagem de plantas e drogas vegetais
- Definição e apresentação da Farmacopeia Brasileira
- Introdução ao laboratório de Farmacognosia, normas procedimentos
- Reconhecimento das principais plantas inscritas na Farmacopéia Brasileira
- Regras de nomenclatura botânica
- Taxonomia vegetal. Principais táxons de angiospermas medicinais
- Análise de exemplos de angiospermas com a descrição na farmacopéia
- Condições ambientais para o cultivo de plantas medicinais
- Controle de pragas no cultivo de planta medicinais (Inseticidas Naturais e Biocontrole), estabilização, armazenagem de plantas medicinais.
- Legislação para elaboração de bula de medicamentos fitoterápicos
- Técnicas de herborização

CITOLOGIA E MORFOLOGIA VEGETAL

- Anexos, estruturas secretoras e sistema vascular vegetal
- Obtenção de um extrato bruto de uma planta
- Principais métodos de extração de ativos vegetais
- Tecidos vegetais importantes na identificação de drogas vegetais : esclerênquima, súber, epiderme
- Tecidos vegetais importantes na identificação de drogas vegetais : parênquima, colênquima, esclerênquima, súber, epiderme)
- A importância das inclusões celulares inorgânicas (Oxalato de cálcio , Carbonato de cálcio) .
- A importância das inclusões celulares orgânicas (grãos de amido; grãos de aleurona; inulina; gotículas de óleo fixo e essencial)
- Anatomia e morfologia e exemplos de drogas - caule
- Anatomia e morfologia e exemplos de drogas - folha
- Anatomia e morfologia e exemplos de drogas - raiz .
- Caracteristicas gerais da célula vegetal e suas inclusões
- Anatomia e morfologia e exemplos de drogas - flor
- Anatomia e morfologia e exemplos de drogas - fruto
- Anatomia e morfologia e exemplos de drogas - sementes
- Técnicas para análise morfoanatomia da flor, fruto e semente
- Técnicas para análise morfoanatomica do caule, raiz e folha

FISIOLOGIA VEGETAL E METABOLISMO BÁSICO - PROCESSOS EXTRATIVOS

- Fotossíntese e respiração
- Hormônios vegetais
- Materiais estranhos presentes em amostras vegetais
- Nutrição mineral
- Transpiração e condução da seiva
- Ensaios fisico-químicos qualitativos de amostras vegetais
- Ensaios físico-químicos qualitativos e semiquantitativos.
- Heterosídeos, polissacarídeos.
- Metabolismo básico e origem dos metabólitos secundários;
- Produtos derivados do ácido chiquímico e do acetato,
- Produtos derivados do ácido chiquímico;
- Fitoquímica: amostragem e secagem
- Fitoquímica: análise sensorial ou organoléptica
- Fitoquímica: técnica de seleção e coleta
- Fitoquímica: triagem de drogas vegetais
- Fitoquímica: trituração e purificação

MATÉRIAS PRIMAS VEGETAIS

- Identificação de gomas; Análise do óleo de copaíba; Extração óleo de cravo
- Óleos fixos: classificação, ácidos graxos; Óleos essênciais: dados farmacológicos e toxicológicos
- Óleos vegetais de interesse farmacêutico, óleos comestíveis e ceras
- Polissacarídeos (amido, gomas, mucilagens, pectinas)
- Polissacarídeos: classificação, propriedades
- Cumarinas, Taninos e Lignanas
- Doseamento de Flavonoides totais; Pesquisa de taninos
- Glicosídeos antraquinônicos e Glicosídeos flavonoídicos
- Glicosídeos cardiotônicos, Glicosídeos saponínicos
- Resinas: análise quantitativa, emprego farmacêutico, drogas vegetais clássicas.
- Resinas: classificação, distribuição, propriedades, obtenção, detecção e caracterização
- Alcalóides: emprego farmacêutico (Alcalóides tropânicos, Alcalóides indólicos e Alcalóides esteroidais).
- Alcalóides: histórico, distribuição, origem biossintética e classificação, detecção e caracterização, extração e isolamento, análise quantitativa
- Extração e identificação de Alcalóide e Metilxantinas
- Metilxantinas: histórico, distribuição, classificação, propriedades físico-químicas, métodos de extração, caracterização e doseamento, emprego farmacêutico
- Plantas Tóxicas, Alergênicas e Teratogênicas.


PROPOSTAS METODOLÓGICA


O processo de ensino-aprendizagem da disciplina na modalidade semi-presencial é estruturado com base nas atividades realizadas com suporte via Ambiente Virtual de Aprendizagem e encontros presenciais. No Ambiente Virtual de Aprendizagem estão disponíveis os materiais didáticos, atividades e informações necessárias para o desenvolvimento da disciplina. O acompanhamento do acadêmico no Ambiente Virtual de Aprendizagem é realizado pelo tutor que está disponível para explicar os conteúdos e sanar as dúvidas. Presencialmente o acadêmico conta com o professor para realizar as instruções, atividades práticas e avaliações. Todas as informações necessárias para o desenvolvimento da disciplina estão previstas no Manual do acadêmico, disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO


A avaliação do desempenho do acadêmico é efetuada através de avaliações e atividades em que o rendimento é obtido por meio de pontos. Ao final do semestre esses pontos resultam em uma nota expressa em valor numérico. Todas as avaliações e atividades tem suas regras, datas e valor previamente estabelecidos seguindo as regras de avaliação da Instituição de Ensino.


BIBLIOGRAFIA


Básica
COSTA, Aloísio Fernandes. Farmacognosia, Vol. I, Vol. II e Vol. III. Fundação Calouste  Golbenkian Lisboa.
SIMÕES, C.M.; SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.; MELO, J.C.P. Farmacognosia: da  planta ao medicamento. 6ª ed. Porto Alegre: Ed da UFRGS/ Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2007. 1104p.
OLIVEIRA, F ; AKISUE, G.; AKISUE, M.K. Farmacognosia. São Paulo: Atheneu, 2010.

Complementar
ALICE, C. B., SIQUEIRA, N. C. S., MENTZ, L. A., SILVA, G. A. A. B., JOSÉ, K. F. D. Plantas Me-
dicinais de Uso Popular: atlas farmacognóstico. Ed. da ULBRA, Canoas/RS. 1995.
Artigos Científicos (Journal of Natural Products, Rev. Bras. de Farmacognosia, Natural Product Reports, Journal of Ethnopharmacology, Química Nova, Journal of Agricultural and Food Chemistry, Phytomedicine, outras).
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Farmacopéia Brasileira. São Paulo: Atheneu, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.Departamento de Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais da Central de Medicamentos. Brasília: Editora MS, 2006. 148 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política Nacional de plantas medicinais e fitoterápicos. Brasília: Editora MS, 2006. 60 p.
MATOS, J.D.M. & MATOS, M.E. Farmacognosia: curso teórico prático. Ed. UFCE
SITES IMPORTANTES
SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACOGNOSIA: http://www.sbfgnosia.org.br/




GRUPOS DE PRÁTICAS

FACULDADE PITÁGORAS - FARMÁCIA
TURMA A ( QUINTA-FEIRA)

GRUPOS DE PRÁTICAS - Turma A (QUINTA FEIRA)

GRUPO BABOSA ( Aloe veras )
Allana Ramos de Araujo
ALESSANDRA SOUZA DOS SANTOS
Amanda Juliana Murada da Silva
ANGELA LETIICIA SANTOS BASTOS
Carlene dos Santos Moraes
Cintia da Silva Rocha
Darleni Peixoto da Costa Salles
DEBORA PEIXOTO DA COSTA
Gennyzia Karla Franca Medeiros
Paula Vitoria Chaves Araujo
BOLDO ( Peumus boldus )
Ana Paula Cardoso dos Santos
DANIEL DOS SANTOS REGIS
IANCA SCARLAT LIMA SOUSA
IVANESSA KELLE DOS SANTOS
LEONARDO LOPES GOMES
Marcio Sezar Carvalho Salazar
Messias Junior Rocha Martins
Murilo Italo Araujo Santos
ROMMEYDSON PEDROSA SOBRINHO
GRUPO: ALECRIM
FLÁVIA CRISTINA DE SOUSA GOMES
Gustavo Oliveira Fernandes
Jordania Vitoria Siqueira Souza
Marcelus Alves da Silva Moura
Mariana Paiva Pereira
NATÁLIA DOS SANTOS SILVA
Paloma Silva Araujo
Regivaldo Pacheco de Souza Junior
RHENARIA  GOMES DINIZ MACIEL
SABRINA GUIMARÃES SOUSA
Thamilla da Silva Souza
Victoria Cavalcante Rocha
GRUPO HORTELÃ ( Menthiae menta)
Cassio Cirqueira Santos
Dandara Sayonara da Silva Leite
Jaires Nunes de Santana
Jardene Ferreira de Brito
Jose Altino da Conceicao Sousa
KAARINA ANDREA C.T. CAMPELO
KAYRON FILIPE MENDES DA SILVA
REBEKA BARROS R. SILVA
TÔNIO DANITO M. DE SOUSA
GRUPO ERVA CIDREIRA
Amanda Brandao de Carvalho
Carina de Sousa Silva
Jenny Erica Lopes Ramos
Kelma Barbosa da Silva
MARIA AMANDA CONCEIÇÃO SILVA LIMA
Natalia Miranda da Silva
RAISSA BARBOSA
RAYLSON CAMARA DE CASTRO BARBOSA
Samara de Souza Costa
GRUPO CAPIM SANTOS
Antonia Santos Mendes
FRANCINETE GOMES CARVALHO
Ivoneide Correa de Sousa
Jardene Ferreira de Brito
Jully Anne de Araujo Alves
Kaarina Andrea Castro Teixeira Campelo
Lidiane Castro Sousa
Luis Sousa de Matos
RÉGILA FERREIRA AGUIAR


TURMA B ( TERÇA FEIRA)
GRUPO ERVA CIDREIRA (Melissa officinales)
ARYANA ROBERTA
JORDANA SALES ABREU
Lauana Vitoria Rodrigues Luna
RAIMUNDO SOUSA DA SILVA FILHO
SAMARA NASCIMENTO SOUSA
Thalyta Souza Nunes
GRUPO ALFAVACA ( Ocimum basilicum )
ARISTON HERIQUE S E SILVA
DINAMARA CARDOSO TRINDADE
GENIVAL LOPES VIERA JUNIOR
Johnaria Miranda Nogueira Marinho
JOSSANA FARIAS DA SILVA PEREIRA
LAURENIR SILVA
Mateus Lima Moreira
VINICIUS FERREIRA DA SILVA
GRUPO GENGIBRE ( Zingiber officinale)
EMILLE O. MARTINS
Vania Ferreira da Silva
YÊDA ALVES DA SILVA
Gabriella Pinto Pereira
Polyana Freitas Trajano
GABRIEL BARBOSA CAMPOS
KASSIANE FARIAS LEITE C.LUCENA
ALINE DA CONCEIÇÃO PINHEIRO BRITO
GRUPO MASTRUZ ( Dysphana ambrosioides )
Carlos Daniel Gualberto da Silva
Isaac Santiago Ferreira Cardim
Leticia Guimaraes Moreira
TAÍSA TELES DE ARAÚJO
GRUPO COENTRO ( Coriandium saturium )
Adriano Goncalves Lima
BÁRBARA ANDRESSA VIANA SILVA
MARIA EDUARDA S.LIMA
Lucas Freitas da Silva
Guilherme Mickael Silva Nascimento
Erlane Vieira dos Santos

ALUNOS 01_2019

FACULDADE PITÁGORAS
CURSO DE FARMÁCIA - TURMA A ( QUINTA-FEIRA)

ALESSANDRA SOUZA DOS SANTOS
Allana Ramos de Araujo
Amanda Brandao de Carvalho
Amanda Juliana Murada da Silva
Ana Paula Cardoso dos Santos
ANGELA LETICIA SANTOS BASTOS
Antonia Santos Mendes
Carina de Sousa Silva
Carlene dos Santos Moraes
Cassio Cirqueira Santos
Cintia da Silva Rocha
Dandara Sayonara da Silva Leite
DANIEL DOS SANTOS REGIS
Darleni Peixoto da Costa Salles
DEBORA PEIXOTO DA COSTA
FLÁVIA CRISTINA DE SOUSA GOMES
FRANCINETE GOMES CARVALHO
Gennyzia Karla Franca Medeiros
Gustavo Oliveira Fernandes
IANCA SCARLAT LIMA SOUSA
IVANESSA KELLE DOS SANTOS
Ivoneide Correa de Sousa
Jaires Nunes de Santana
Jardene Ferreira de Brito
Jenny Erica Lopes Ramos
Jessia Santos da Silva
Jordania Vitoria Siqueira Souza
Jose Altino da Conceicao Sousa
Jully Anne de Araujo Alves
Kaarina Andrea Castro Teixeira Campelo
Kayron Filipe Mendes da Silva
Kelma Barbosa da Silva
LEONARDO LOPES GOMES
Lidiane Castro Sousa
Luis Sousa de Matos
Marcelus Alves da Silva Moura
Marcio Sezar Carvalho Salazar
MARIA AMANDA CONCEIÇÃO SILVA LIMA
Mariana Paiva Pereira
Messias Junior Rocha Martins
Murilo Italo Araujo Santos
NATÁLIA DOS SANTOS SILVA
Natalia Miranda da Silva
Paloma Silva Araujo
Paula Vitoria Chaves Araujo
RAISSA BARBOSA
RAYLSON CAMARA DE CASTRO BARBOSA
REBEKA BARROS R. SILVA
RÉGILA FERREIRA AGUIAR
Regivaldo Pacheco de Souza Junior
RHENARIA  GOMES DINIZ MACIEL
ROMMEYDSON PEDROSA SOBRINHO
SABRINA GUIMARÃES SOUSA
Samara de Souza Costa
Sandro Silva Fonseca Junior
Thamilla da Silva Souza
TÔNIO DANITO M. DE SOUSA
Victoria Cavalcante Rocha



TURMA B ( TERÇA-FEIRA)

Adriano Goncalves Lima
ALINE DA CONCEIÇÃO PINHEIRO BRITO
Allana Karoline Ferreira Gomes
Angela Leticia Santos Bastos
ARISTON HERIQUE S E SILVA
ARYANA ROBERTA
BÁRBARA ANDRESSA VIANA SILVA
Carlos Daniel Gualberto da Silva
DINAMARA CARDOSO TRINDADE
EMILLE O. MARTINS
Erlane Vieira dos Santos
EVAURENIR SILVA DE SOUSA
GABRIEL BARBOSA CAMPOS
Gabriella Pinto Pereira
GENIVAL LOPES VIERA JUNIOR
Guilherme Mickael Silva Nascimento
Isaac Santiago Ferreira Cardim
Johnaria Miranda Nogueira Marinho
JORDANA SALES ABREU
JOSSANA FARIAS DA SILVA PEREIRA
KASSIANE FARIAS LEITE C.LUCENA
Lauana Vitoria Rodrigues Luna
Leticia Guimaraes Moreira
Lucas Freitas da Silva
Lucelia Silva Marinho
MARIA EDUARDA S.LIMA
Mateus Lima Moreira
Natallia Cristina Carneiro Guimaraes
Polyana Freitas Trajano
RAIMUNDO SOUSA DA SILVA FILHO
Ronneydson Pedrosa Sobrinho
SAMARA NASCIMENTO SOUSA
TAÍSA TELES DE ARAÚJO
Thalyta Souza Nunes
Vania Ferreira da Silva
VINICIUS FERREIRA DA SILVA
YÊDA ALVES DA SILVA

segunda-feira, 16 de julho de 2018

MECANISMOS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS

TEXTO ORIGINAL EM: Blog do Prof. Dr. Manoelito Coelho dos Santos Junior

A utilização de fármacos envolve modificações e regulações que os mesmos provocam no organismo, pode-se considerar que compostos com atividade biológica provocam sua ação farmacológica de duas formas bem distintas, quanto ao seu mecanismo de ação, sendo estas formas os mecanismos inespecíficos e específicos.
Os fármacos com ação inespecífica não necessitam de alvos moleculares (receptores, canais iônicos, enzimas) para desencadear sua ação farmacológica, isto ocorre através das propriedades físico-químicas do próprio fármaco, como grau de ionização, solubilidade, tensão superficial e atividade termodinâmica. O exemplo mais conhecido de fármacos com ação inespecífica são os antiácidos, o mecanismo de ação ocorre por uma reação de neutralização, que faz com que o pH estomacal aumente, nesta situação não ocorre a interação do antiácido com algum receptor do estômago.
A ação inespecífica constitui a minoria dos fármacos, o mecanismo mais comum são para aqueles que agem de maneira especifica, ou seja, necessitam se ligar a alvos moleculares específicos para desencadearem sua ação farmacológica. Estes fármacos podem agir da seguinte forma: atuação sobre enzimas (ativação ou inibição), antagonismo, ação sobre membranas, ação na transcrição gênica.
Certos fármacos podem fornecer íons inorgânicos que irão atuar como ativadores de enzimas, este íon  pode atuar de duas formas distintas: 1) O íon interage com o inibidor da enzima, inativando-o e assim impedindo que a enzima perca a sua ação; 2) o íon pode interagir diretamente com a enzima no sentido de alterar-lhe a conformação espacial e assim ativa-la. Outros fármacos podem ativar enzimas por mecanismo de adaptação, ou seja, a presença do fármaco induz a enzima a modificar sua estrutura do seu estado inativo para ativo, este fato pode ser observado com os fármacos da classe dos barbitúricos, que induzem enzimas de seu metabolismo, este é um dos principais mecanismo de tolerância a barbitúricos.
No sentido de inativar enzimas os fármacos podem atuar de maneira competitiva ou não-competitiva. Na inibição competitiva o fármaco  e o substrato natural da enzima competem pelo sitio ativo da enzima. Neste tipo de inibição dois aspectos devem ser analisados: o primeiro deles diz respeito a concentração do substrato e do inibidor, a medida que a concentração de substrato torna-se superior ao inibidor, o substrato passa a deslocar o inibidor do sitio ativo da enzima reativando-a; o segundo aspecto que deve ser levado em conta, refere-se mais a um fator de desenvolvimento farmacológico, pois o inibidor deve possuir uma semelhança estrutural com o substrato da enzima, já que , enzima são catalisadores orgânicos com alta régio e estereoseletividade. A moclobemida aumenta a concentração de noradrenalina e assim reduz estados depressivos, que são caracterizados por baixas desse neurotransmissor.
Na inibição não-competitiva o fármaco combina-se com as enzima ou com o complexo enzima-substrato em um local diferente do sitio catalítico, ou seja, esse fármaco atua no sitio alostérico da enzima, que é o sitio responsável em manter a enzima em sua conformação ativa. Um exemplo desta inibição é o iodeto de ecotiofato que atua no sitio alostérico de enzima acetilcolinesterase desta forma inativando a enzima e aumentando a concentração de acetilcolina. Vale ressaltar que na inibição não-competitiva a ação do fármaco é independente da concentração do substrato, dependendo unicamente de sua concentração e sua velocidade de dissociação neste tipo de inibição, o fármaco não necessita ter semelhança estrutural com o substrato.
Outra ação de fármacos sobre enzimas relaciona-se a reativação enzimática. Compostos organofosforados podem inativar a acetilcolinesterase levando a uma intoxicação colinérgica, compostos da classe das oximas (como a pralidoxima) removem os compostos organofosforados do sitio ativo da acetilcolinesterase reativando esta enzima.
Outro mecanismo de ação muito comum a fármaco é o antagonismo, o antagonismo pode ser compreendido como a capacidade que um fármaco possui reduzir ou anular a atividade de outro. O antagonismo pode ser classificado em químico, fisiológico e farmacológico.
No antagonismo químico o antagonista interage quimicamente com o agonista e assim o inativa, após a reação química entre o antagonista e o agonista pode formar-se um complexo inerte ou com atividade diminuída.
Antagonismo fisiológico é aquele em que dois agonistas atuam em sistemas fisiológicas diferentes mas que o resultado final é que o efeito de um anula ou reduz o efeito do outro. A histamina provoca vasodilatação enquanto que a adrenalina provoca vasoconstrição efeitos opostos que são conseguidos por ações em sistemas diferentes.
No antagonismo farmacológico o agonista e o antagonista atuam no mesmo alvo molecular podendo ser no mesmo sitio de ação (competitivo) em sitio de ligação diferente (não competitivo). Espera-se que no antagonismo competitivo o agonista e o antagonista possuam estruturas químicas muito próximas, como exemplo desse antagonismo tem-se a ação de adrenalina sobre os receptores alfa-1 adrenérgicos provocando um efeito hipertensor devido a vasoconstrição que ocorre após a ativação de receptores alfa-1, enquanto que a prazosina atuaria como antagonista, esse fármaco se liga ao receptor alfa-1 mas não o ativa, desta foram não ocorre vasoconstrição e assim o efeito da adrenalina é reduzido.
No antagonismo não-competitivo o antagonista atua no sitio alostérico do alvo molecular reduzindo assim a afinidade do agonista com esse alvo, uma vez que, ao ter sua estrutura alterada o agonista não consegue interagir com o receptor. Neste tipo de antagonismo o antagonista não necessita possuir semelhança estrutural com o agonista.
Fármacos que atuam na supressão da função gênica em sua maioria são agentes quimioterápicos encontrados entre antibióticos, antimaláricos, antivirais. Os fármacos supressores da função gênica podem atuar como: inibidores da biossíntese dos ácidos nucleicos e inibidores da síntese proteica.
Os inibidores da biossíntese de ácidos nucleicos são fármacos que são empregados com bastante cuidado e uma vez que eles apresentam elevado grau de toxicidade isto porque eles atuam de maneira indistintos com os processos bioquímicos tanto de parasita quanto de organismo humano, eles não possuem seletividade.
Esses inibidores da biossíntese de acido nucleicos podem ser divididos em: inibidores da biossíntese de precursores nucleotídeos em ácidos nucleicos. Nos dois casos a principal ação é sobre enzimas que participam ou da formação de nucleotídeos ou na formação de acido nucleicos. Vale destacar que certos fármacos podem atuar intercalando-se entre as bases nitrogenadas.
Fármacos que atuam na síntese proteica podem desempenhar sua ação por meio de 2 mecanismos distintos: efeito sobre a expressão proteica; efeito sobre a síntese proteica. Fármacos que atuam na expressão gênica desempenham sua função por se ligarem a receptores intracelulares que após ativados terão ação sobre o DNA desta forma a atividade de enzimas como a DNA polimerase e a formação de RNAm poderão ser afetados. Os glicorticoides são fármacos que atuam por este mecanismo uma vez que, ao se ligarem a seus receptores eles diminuíram a expressão da enzima ciclooxigenase-2. As quinolonas atuam inibindo a ação de DNA polimerase.
Fármacos que atuam sobre a síntese proteica tem como seu alvo molecular o ribossomo, os fármacos podem atuar da seguinte forma: bloqueio de leitura do RNAt no sitio A dos ribossomos, mecanismo desenvolvido pelas tetraciclinas, bloqueio de enzima peptidiltransferase, desta forma não ocorre a formação de ligação peptídica, mecanismo desenvolvido pelo cloranfenicol; bloqueio da etapa de translocação impedindo assim que a cadeia peptídica se forme, mecanismo desenvolvido por aminoglicosideos.
Os fármacos que atuam sobre a membrana plasmática possuem os seguintes mecanismos. A) alteração de sua estrutura; B) interferência sobre os sistemas de transporte.
Os fármacos antifúngicos formam poros nas membranas plasmáticas dos fungos, após sua ligação com o ergosterol, desta forma o fungo perde eletrólitos e outras componentes celulares que são importantes para seu desenvolvimento e sobrevivência
Na membrana plasmática muitos transportes são utilizado para a entrada de nutrientes, íons e outras moléculas importantes para o desenvolvimento da célula. Alguns fármacos podem atuar nesses transportadores de maneira a ativa-los ou inativa-los.
A insulina ao se ligar em seus receptores ativa a enzima tirosina cinase, esta enzima por sua vez desencadeia uma serie de reações de fosforilação e desfosforilação que irão culminar na translocação que irão culminar na translocação do transportador GLUT para a membrana facilitando assim a entrada de glicose na célula.
Antihipertensivos como o nifedipino bloqueiam canais de Ca+2, como o cálcio é essencial para mecanismos de contração, com esse bloqueio ocorre um relaxamento da musculatura vascular e assim esses fármacos reduzem a pressão arterial.
Benzodiazepínicos são fármacos que atuam por modulação alostérica, aumentando assim a afinidade do neurotransmissor GABA com o seu receptor, o aumento desta afinidade leva ao aumento da frequência de abertura dos canais de cloreto e um maior influxo deste íon provoca uma hiperpolarização de membrana e ao surgimento de potenciais pós-sinápticos inibitórios.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

ALUNOS 2018 1º SEMESTRE

CURSO DE ENFERMAGEM- UFMA

  1. ANA CAROLINA OLIVEIRA DOS SANTOS
  2. ANDHERSON MATEUS DA SILVA LIMA
  3. ARYANA SANTOS BARBOSA
  4. BRENNO FERREIRA DO MONTE
  5. ERIKA VIANA BEZERRA
  6. FRANCISCA NAYARA DOS SANTOS MADEIRA
  7. GLORIA AMORIM DE ARAUJO
  8. JOICE MARIA SILVA DE SOUSA
  9. LAYNNE LUCENA BARBOSA
  10. LUCAS MACIEIRA SOUSA DA SILVA
  11. LUIZA PEZZATTO ARAUJO MENDES
  12. MARIA DENISE VENANCIO
  13. MARIA JARDEANE NOGUEIRA DOS SANTOS
  14. NATALIA SANTOS PEREIRA
  15. REJANE RIBEIRO E SILVA
  16. SALRO DOS SANTOS SILVA
  17. SANDEYVISON OLIVEIRA DA SILVA
  18. WALLERYA SILVA ROQUE VIANA

quinta-feira, 6 de abril de 2017

AULAS MINISTRADAS


1. Cálculos de medicamentos   Video sobre questões comentadas


2. Formas farmacêuticas   Video sobre formas farmacêutica


3. Vias de administração Video sobre vias de administração


4. Farmacodinâmica    Video sobre farmacodinamica


5. Farmacocinética   video sobre farmacocinética


6. Drogas autonômicas    Video Farmacologia adrenérgica
                                       Video sobre Colinérgicos

7. Drogas Anti-hipertensivas e Diuréticas

8. Ant-inflamatórios 



A SER MINISTRADAS

Drogas anti-hipoglicemiantes

Insulinas

Hormônios da tireoides

Anti concepcionais   VIDEO


Anti inflamatórios 




Alunos Enfermagem 2017.1



2014037006 ALDO LOPES DA COSTA JUNIOR
2015056024 CAROLINA JOLVINO DUARTE COSTA
2015058735 EVELIN GABRIELA SANTOS MIRANDA
2014037042 FLAVIA ADRIANA MOREIRA SILVA LOPES
2015048775 GISELE MATOS DE AZEVEDO
2015060733 GIULLIA EMILIANA DAMASIO OMIZZOLO
2015048784 JACIANE ARAUJO MOURA
2015056042 JANIEL CONCEICAO DA SILVA
2012015402 JENIFER RESPLANDES MOREIRA LOBO
2015056060 LETICIA DE SOUSA BANDEIRA
2015040605 LUCAS FRAZAO FERNANDES
2015040623 MAISA ROCHA FEITOSA
2015012585 MARCELO BARROS SILVA
2010048413 MARCIA DO NASCIMENTO SINDEAUX ROCHA
2014001596 NAHDILA THAIS ALMEIDA COSTA
2015040641 PALOMA SILVA PEREIRA
2015026974 PAULO VICTOR AMORIM SILVA
2014021759 REGINA RODRIGUES GONCALVES
2015040650 SHEILA MARIA DE ALMEIDA CARVALHO